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segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Renascimento Africano

IV Encontro do Cinema Negro

Dentro das mudanças políticas deste ano, eu pergunto: Cadê a representação da cultura afro brasileira dentro dos programas políticos? Continua sendo desconhecida. Por isso chegar ao IV Encontro com a sensação de que as nossas metas estão sendo concretizadas está me deixando bem contente, bem mais leve. Ufa! Eu e a minha equipe estamos conseguindo chegar até aqui! Este foi um ano de reconhecimento, as pessoas estão se aproximando mais, demos continuidade a antigas parcerias, como a Fundação Cultural Palmares (Minc), o Ministério de Relações Exteriores, a Secretaria de Promoção de Políticas Pela Igualdade Racial (Seppir), o Governo do Estado do Rio de Janeiro, retomamos o apoio do Governo do Estado da Bahia, e conseguimos novos parceiros, como a Oi, a Eletrobras e a Prefeitura do Rio.
Tudo isso me deixou com mais entusiasmo, e me dá uma força muito grande para continuar buscando recursos a fim de trazer novos cineastas para trocar conhecimentos. Vejo que o meu trabalho está sendo mais respeitado dentro do meu país.
O primeiro Encontro de Cinema Negro foi um susto; o segundo foi difícil; e no terceiro Encontro de Cinema o nosso evento começa a se consolidar, e o resultado desse trabalho é o início de um reconhecimento que reflete neste quarto Encontro. Não é que seja nada fácil, mas acho que estão começando a perceber que é um evento importante e internacional.
No ano anterior, os cineastas internacionais que participaram do III Encontro de Cinema Negro, redigiram uma carta onde foi firmado um compromisso em apoiar a difusão do cinema negro pelo mundo, e todos endossaram esse projeto. Isso também contribuiu para a realização do nosso primeiro trabalho internacional, o filme “Renascimento Africano”, que foi rodado no primeiro semestre de 2010 em Dakar/ Senegal.
Sei que essa expansão requer mais trabalho, a tendência é crescer e estamos nos preparando para isso, buscando novas parcerias e colaborações. A responsabilidade aumenta a cada dia, e o meu trabalho é esse, fazer com que a África seja desmistificada através do nosso olhar.

Zózimo Bulbul
(veja quem é Zózimo Bulbul em http://www.afrocariocadecinema.org.br/zozimo.htm)